Você pode até não acreditar,
mas quando um jogador diz que o futebol é uma caixinha de surpresas, quem
diria, ele está coberto de razão. Mesmo sem se dar conta, ao assistir uma
partida de futebol, descontadas as caneladas, você está vendo a física em ação.
Desde os tempos do Didi,
grande jogador dos anos 50 do século passado, já sabemos bater faltas obrigando
a bola a realizar uma curva. É o chute folha-seca. O quê? Que chute é esse?
Acorda! É aquele com o lado do pé! Lado de dentro ou de fora? Tanto faz. Mas
por que isso acontece? Quer dizer, por que ao chutarmos a bola com os lados do
pé ela faz uma curva? Para responder a esta pergunta, vamos à física
Graças ao atrito entre a sola
do seu sapato e o chão do seu quarto é que você anda. Experimente tirar esse
atrito para ver o que acontece. É tombo garantido! Você sabe, também, que
caminhar em terra firme é uma coisa e fazer o mesmo dentro de uma piscina é
outra totalmente diferente. Ah, é por isso que as pessoas nadam na piscina! É
mais fácil que andar. A diferença entre essas ações dentro e fora da água
ocorre porque a viscosidade dos meios é diferente. Água é mais viscosa que o
ar. Água misturada com farinha é mais viscosa que água pura, e por aí vai. Para
a bola em movimento no ar vale o mesmo. Mas, neste caso, a força de atrito da
bola com o ar é chamada de força de arrasto. Viscosidade é viscosidade,
mesmo.
Esse arrasto surge assim:
quando a bola é chutada, isto é, quando uma força é aplicada na bola, ocorre
uma mudança na sua condição inicial e ela ganha certa velocidade. O ar que está
à sua frente exerce uma força contrária ao seu movimento: é a força de arrasto.
A diferença entre essa força e a força de atrito comum é que a força de arrasto
depende da velocidade do objeto. Já a força de atrito entre a mesa e o chão da
sala não depende da velocidade com que a mesa é empurrada. Essa dependência diz
que quanto maior a velocidade do objeto, maior é a força de arrasto. Porém,
isso só vale até certo ponto. Abaixo de 60 km/h e acima de 80 km/h, a força de
arrasto é crescente, mas entre 60 km/h e 80 km/h, é decrescente. O intervalo de
velocidade onde a força de arrasto é decrescente é chamado de crise do
arrasto.
Quando a bola é chutada, ela
pode ou não girar em torno de si. Imagine que ela gira de cima para baixo, para
facilitar minha vida. O ar que se choca de frente com ela é deslocado para
baixo, pois ela gira nesse sentido. Desviando o ar para baixo, ela cai mais
depressa. Se ela girar ao contrário, isto é, de baixo para cima, ela cai mais
devagar. Você pode tentar entender isso pensando que, na situação de cima para
baixo, está sendo “retirado” ar da zona de baixa pressão, fazendo com que a
bola suba menos; na situação de baixo para cima, está sendo “enviado” ar,
aumentando a zona de baixa pressão, fazendo com que ela fique mais tempo em
vôo. Este é o chamado efeito Magnus, em homenagem ao seu descobridor, que
estudou o Princípio de Bernoulli para o caso de uma esfera girando num meio
viscoso (no nosso caso, o ar).
A tecnologia da bola esta sendo praticamente
a mesma que foi usada no mundial porem, o qque diferenciara das outras, sera o
design. Sao varios testes exigidos pela Fifa, para que seja aprovada e possa
entrar em campo. Todos os testes sao feitos mais vezes do que o
necessario, tudo é mais rigido do que as regras impostas para que o carimbo de
perfeiçao seja conquistado. Os trabalhos aparentemente sao simples, mas se nao
derem resultado positivo, vai para o lixo um projeto que levou anos para ser
concluido. desenvolver uma bola de copa do mundo leva até em torno de 4 anos,
desde a ideia inicial até a produçao final. Mas a maior parte do tempo é gasta
em testes, aonde entra a fisica.
·
Quique da bola: quando a bola solta a 2 metros
de altura, ela tem q quicar e subir pelo menos até 1,50m para testar que esta
tudo certo.
·
Absorçao de agua: depois é preciso ter certeza
que se cair um "temporal" no campo, o peso da bola nao vai ser
alterado. Para isso, a bola é colocada em um aparelho onde a pressao na bola, é
feita d todas as maneiras, para ver se a agua passa pelos globos colados e fica
retida. O processo é repitido 300 vezes e a bola volta a balança para verificar
com o peso de incio.
·
Circunferencia: é preciso ter certeza da
circunferencia, que ela ira rolar redonda pelos gramados e de maneira perfeita.
Outro teste longo é feito, a bola é girada em um aparelho 45 vezes, em todas as
possiçoes possiveis para conferir se esta tudo certo.
·
Resistencia: em uma maquina a bola é
precionada e sai como um chute com o impacto de 50km/h bate numa tela de ferro
e volta, sao 450 chutes mecanicos para ter certeza que a bola nao deforma e
suporta o impacto constante de chutes e divididas durante o jogo. Do canhao de
chutes, a bola vai para a maquina de "lavar louças" onde todas as
partes dela, esta coberta com uma lixa, onde a bola fica girando 4 horas em
atrito constante com a lixa, para garantir que no gramado durante um jogo o
desenho nao seja apagado e que no fim dos 90 minutos a bola nao esteja
feia.
Para ter a melhor bola, é preciso testa-la varias e varias vezes, e como
houve varias criticas sobre a Jabulani, os engenheiros querem asegurar que
nossa nova bola, sera ainda melhor. Com isso, eles desenvolveram um robo, cujo
sua funçao é chutar a bola quantas vezes for desejado, assim é possivel
calcular todas as variaçoes possiveis e imaginaveis de velocidade, e de tudo
que eles quiserem para conseguir a melhor bola para a Copa do Mundo.
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